terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Guerra Colonial


Designa-se por Guerra Colonial, Guerra do Ultramar ou Guerra de Libertação o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas provincias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1974. Na época, era também referida vulgarmente em Portugal como Guerra de áfrica.

O ínicio deste episódio da historia militar portuguesa ocorreu em Angola, a 4 de Fevereiro de 1961, na zona que viria a designar-se por Zona Sublevada do Norte (ZSN), que corresponde aos distritos do Zaire, Uije e Quanza-Norte. A Revolução dos Cravos em Portugal, a 25 de Abril de 1974 determinou o seu fim. Com a mudança do rumo político do país, o empenhamento militar das forças armadas portuguesas deixou de fazer sentido. Os novos dirigentes anunciavam a democratização do país e predispunham-se a negociar as fases de transição de independência das colonias- pelo que se passaram a negociar as fases de transição com os movimentos de libertação empenhados da luta armada.

Ao longo do seu desenvolvimento foi necessário aumentar progressivamente a mobilização das forças portuguesas, nos três teatros de operações, de forma proporcional ao alargamento das frentes de combate que no ínicio da década de 1970 atingiria o seu limite crítico. Pela parte portuguesa, a guerra sustentava-se pelo príncipio político da defesa dquilo que considerava território nacional, baseando-se ideologicamente num conceito de nação pluricontinetal e multi-racial. Pelo outro lado, os movimentos de libertação justificavam-se com base no príncipio inalienável de auto-determinação e independência num quadro internacional de apoio e incentivo á luta.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Utilização da Tecnologia no Ultramar (G3)


A Gewehr 3 (G3) (em Alemão: Espingarda 3) é uma espingarda automática fabricada pela Heckler & Koch e adoptada como a espingarda de serviço pela Bundeswehr em 1959. Foi adoptada e encontra-se actualmente em utilização por vários países à volta do mundo.

História

Foi a arma de infantaria padrão do exército alemão, Bundeswehr, até 1997, e continua a ser utilizada por vários exércitos nacionais. A G3 é tipicamente um fuzil de calibre 7,62 mm NATO, capaz de fogo semi-automático ou totalmente automático com um cartucho desmontável. Pode ainda ser anexada uma baioneta à G3.

Foi desenvolvida pelos engenheiros da Mauser, após terem passado algum tempo na Espanha a trabalhar para outros fabricantes de armas nesse mesmo país. Ajudaram a criar o fuzil CETME e levaram-na de volta para a Alemanha. De facto, por algum tempo as G3 tiveram a palavra "CETME" estampada num dos lados; o design levou contudo várias modificações, como por exemplo, a CETME tinha um apoio em madeira e a G3 não.

G3 significa "Gewehr 3", que é alemão para "Espingarda, 3". A G3 foi adoptada em 1958 como substituta para a G1 da Bundeswehr, uma versão modificada da belga FN FAL, que estava em serviço desde 1956, o ano em que a Alemanha Ocidental tinha entrado para a NATO.

Versões

G3: versão original com punho e fuste de madeira;
G3A1: variante da G3 com coronha dobrável;
G3A2: desenvolvimento da G3 com um novo tubo deslizante;
G3A3: aperfeiçoamento da G3A2, com novo supressor de chamas, nova mira traseira e punho e fuste em plástico;
G3A4: variante da G3A3 com coronha rebatível;
G3A5: designação das G3A3 fabricadas, sob licença, na Dinamarca;
G3A6: designação das G3A3 fabricadas, sob licença, no Irão;
G3A7: designação das G3A3 fabricadas, sob licença, na Turquia.

Serviço
A G3 e as suas variantes foram utilizadas por uma grande variedade de forças armadas de vários países, tal como forças policiais. Como resultado, foi utilizada num grande número de conflitos nos anos 90. A sua primeira utilização em combate conhecida foi na Guerra do Ultramar nas mãos do Exército Português, durante os anos 60 e 70.

A versão de atirador furtivo, a G3SG/1 viu uma utilização notável durante a Operação Urgent Fury de 1983, também conhecida como a Invasão de Granada. Uma equipa SEAL foi enviada para proteger uma casa do governo, onde se acredita que o Governador Paul Scoon estava a ser feito prisioneiro. A equipa SEAL entrou por helicópteros e a resistência foi pouca; Pouco depois a casa e o perímetro foram assegurados. Entre as posições, um atirador furtivo dos SEAL posicionou-se numa escada com a sua G3SG1. Pouco depois soldados PRA começaram um contra-ataque. O atirador furtivo conseguiu sozinho eliminar 21 soldados PRA durante o ataque. Tal facto como o restante fogo dos outros elementos da equipa SEAL resultou numa retirada dos PRA.


Em Portugal

Portugal teve necessidade de adotar uma nova arma no inicio dos anos 60, por conta da guerra do Ultramar na África. No entanto as possibilidades não eram muitas. Os Estados Unidos mantinham um claro embargo a Portugal durante a era Kennedy. Portanto, a escolha tinha que recair sobre uma arma fornecida por um país que estivesse na disposição de transferir a tecnologia para a fabricação da arma em Portugal. A escolha foi pela arma alemã, que passou a ser fabricada em Portugal pela Fábrica de Braço de Prata.

Quando chegou a África, em comparação com as antigas armas ligeiras das forças armadas a G3 era vista como extremamente sofisticada. Tratava-se de uma arma automática, que podia disparar rapidamente uma considerável quantidade de munição.

Foi necessário bastante treino de forma que a tropa se habituasse a entender que a posição normal da arma deveria ser a posição tiro-a-tiro, porque do ponto de vista operacional, gastar rapidamente a munição no meio do mato, seria um problema.

Em 1965, já o numero de espingardas automáticas G3 tinha ultrapassado as 150.000 nas forças armadas, e mesmo assim, ainda existiam em funcionamento 15.000 espingardas automáticas FN, fornecidas de emergência pelo exército alemão, antes da introdução da G3.

A arma esteve presente nos vários cenários de guerra, em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Viu-se ainda a G3 ser utilizada em Timor-Leste pelas guerrilhas das Falintil. Até 2000, ainda algumas velhas G3 se encontravam operacionais naquele território.

A substituição da G3 nas forças armadas portuguesas aproxima-se a passos largos. A sua provável substituta será provavelmente a Heckler & Koch G36, que é vista internacionalmente como a substituta lógica da HK G3, embora outras possibilidades continuem em aberto. No Brasil mais especificamente no Rio de Janeiro nos morros e favelas dominadas por traficantes e milícias a operacionalidade,fácil manuseio e grande poder de fogo e destruição dos fuzis G3,uma arma muito confiável tal como o FN FAL de mesmo calibre ou o famigerado AK 47,os HK G3 viraram uma coqueluche no meio marginal,seja pelo alto poder de fogo do G3,e até mesmo o barulho dos disparos dessa arma que intimidam as forças policiais e possíveis inimigos numa tentativa de invadir os tais domínios de bandidos e traficantes de drogas.O HK G3 é também largamente utilizado por Polícias de elite do Rio de Janeiro como o BOPE da Polícia Militar e a CORE da Polícia Civil

Utilização da Tecnologia no Ultramar (Alouette)


O SA-3160 AlouetteIII foi um projecto da Sud Aviation dos anos 50, princípios de 60, a partir da experiência e conhecimentos adquiridos com o Alouette II, como um helicóptero de fins gerais.
Entre outras possibilidades operacionais, o AlouetteIII pode ser usado em acções de salvamento, no apoio de ataque a incêndios florestais, tendo sido largamente utilizado durante a Guerra do Ultramar principalmente como helicóptero de assalto, de evacuação sanitária, patrulhamento e transporte.
Sendo equipado com trem de aterragem de rodas na Força Aérea Portuguesa, o AlouetteIII pode, no entanto, comportar a instalação de outros tipos de trem de aterragem: Por exemplo, flutuadores.
O SA-3160, AlouetteIII, tem capacidade de transporte para 6 seis passageiros (além do piloto), ou 2 macas e 2 passageiros, ou 800 Kg de carga interna, ou ainda 750 Kg de carga suspensa.
No tocante a armamento, pode ser apetrechado com um canhão lateral de 20 mm de calibre e um sistema de lança-foguetes com capacidade para 12 foguetes de 2,75".

Características
Motor: Turbina ArtousteIII B "Turbomeca" , de 880 CV, rotor de 3 pás;
Comprimento: 12,84 metros;
Altura: 2,97 metros;
Diâmetro: 11,02 metros;
Velocidade máxima: 113 nós;
Velocidade cruzeiro: 100 nós;
Alcance maximo: 250 milhas marítimas;
Tecto de serviço: 6.500 metros;
Peso vazio: 1.243 Kg;
Peso máximo de descolagem: 2.100 Kg;

Historial na Força Aérea Portuguesa.
Os primeiros Alouette III da Força Aérea Portuguesa começaram a chegar a Luanda em Junho de 1963.
Como se pode ver no registo da minha caderneta, o 9253, (a numeração começava no 9250), realizou um voo no dia 30 de Junho. Como eu era um dos mecânicos que fazia os voos de ensaio, o "X-2" da natureza do voo, se não estou em erro, será mesmo voo de experiência.

A minha primeira missão em Moçambique, foi em Marrupa, com um Alouette II, nos primeiros dias de 1967.
Os Alouette III estavam a ser montados em Nacala pelos sargentos Paiva e Espinheira, com a supervisão do capitão Viana. Começaram a voar no território nessa altura. Segundo os dados da minha caderneta, só voei pela primeira vez de Alouette III, em Moçambique, já em Fevereiro desse mesmo ano de 1967.



O Alouette III é um helicóptero utilitário ligeiro de transporte, monomotor, fabricado pela Aérospatiale, na França.

É um desenvolvimento do Alouette II, tendo um tamanho maior e uma maior capacidade de carga. Originalmente propulsado por uma turbina Turbomeca Artouste IIIB, o Alouette é reconhecido pelas suas capacidades de operação em grandes altitudes, sendo o ideal para o salvamento em áreas montanhosas.

A primeira versão do Alouette III, o protótipo SE-3160 voou pela primeira vez em 28 de Fevereiro de 1959. A sua produção foi iniciada em 1968, mantendo-se até 1968. Em 1968 começou a ser produzida a versão SA-316B.

Os SE-3160 Alouette III (ALIII) foram adquiridos pela Força Aérea Portuguesa a partir de Abril de 1963 como complemento aos poucos aparelhos Alouette II já em serviço, para actuarem nas operaçoes militares a decorrer em Angola, Guiné Portuguesa e Moçambique. O Alouette III tornou-se num dos principais ícones da Guerra do Ultramar, ficando famosas as imagens dos Páraquedistas e Comandos a saltar dos aparelhos, enquantos estes pairavam a cerca de 3 metros do solo, durante as operações de heli-assalto.

Os ALIII básicos desarmados, com o nome de código "Canibais" realizavam essencialmente operações de transporte, heli-assalto e evacuação sanitária. A estes ALII juntaram-se os helicanhões, com o nome de código "Lobos Maus", com um canhão de 20 mm montado virado para bombordo, disparado por um apontador através da porta lateral aberta. Em 1973 realizaram-se algumas experiências no sentido de incorporar lança-foguetes de 37 mm ou 2,75", mas nunca chegaram à fase operacional.

A Força Aérea Portuguesa adquiriu um total de 142 Alouette III, o segundo maior número de um único modelo de aeronave ao serviço de Portugal, logo a seguir ao North-American T-6.

Actualmente, os aparelhos remanescentes são utilizados na Base Aérea de Beja essencialmente para instrução e como utilitários

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mundos e Memórias

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

guerra


...A guerra é um massacre entre gentes que não se conhece, para proveito de gentes que se conhece mas não se massacra...