quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Utilização da Tecnologia no Ultramar (G3)


A Gewehr 3 (G3) (em Alemão: Espingarda 3) é uma espingarda automática fabricada pela Heckler & Koch e adoptada como a espingarda de serviço pela Bundeswehr em 1959. Foi adoptada e encontra-se actualmente em utilização por vários países à volta do mundo.

História

Foi a arma de infantaria padrão do exército alemão, Bundeswehr, até 1997, e continua a ser utilizada por vários exércitos nacionais. A G3 é tipicamente um fuzil de calibre 7,62 mm NATO, capaz de fogo semi-automático ou totalmente automático com um cartucho desmontável. Pode ainda ser anexada uma baioneta à G3.

Foi desenvolvida pelos engenheiros da Mauser, após terem passado algum tempo na Espanha a trabalhar para outros fabricantes de armas nesse mesmo país. Ajudaram a criar o fuzil CETME e levaram-na de volta para a Alemanha. De facto, por algum tempo as G3 tiveram a palavra "CETME" estampada num dos lados; o design levou contudo várias modificações, como por exemplo, a CETME tinha um apoio em madeira e a G3 não.

G3 significa "Gewehr 3", que é alemão para "Espingarda, 3". A G3 foi adoptada em 1958 como substituta para a G1 da Bundeswehr, uma versão modificada da belga FN FAL, que estava em serviço desde 1956, o ano em que a Alemanha Ocidental tinha entrado para a NATO.

Versões

G3: versão original com punho e fuste de madeira;
G3A1: variante da G3 com coronha dobrável;
G3A2: desenvolvimento da G3 com um novo tubo deslizante;
G3A3: aperfeiçoamento da G3A2, com novo supressor de chamas, nova mira traseira e punho e fuste em plástico;
G3A4: variante da G3A3 com coronha rebatível;
G3A5: designação das G3A3 fabricadas, sob licença, na Dinamarca;
G3A6: designação das G3A3 fabricadas, sob licença, no Irão;
G3A7: designação das G3A3 fabricadas, sob licença, na Turquia.

Serviço
A G3 e as suas variantes foram utilizadas por uma grande variedade de forças armadas de vários países, tal como forças policiais. Como resultado, foi utilizada num grande número de conflitos nos anos 90. A sua primeira utilização em combate conhecida foi na Guerra do Ultramar nas mãos do Exército Português, durante os anos 60 e 70.

A versão de atirador furtivo, a G3SG/1 viu uma utilização notável durante a Operação Urgent Fury de 1983, também conhecida como a Invasão de Granada. Uma equipa SEAL foi enviada para proteger uma casa do governo, onde se acredita que o Governador Paul Scoon estava a ser feito prisioneiro. A equipa SEAL entrou por helicópteros e a resistência foi pouca; Pouco depois a casa e o perímetro foram assegurados. Entre as posições, um atirador furtivo dos SEAL posicionou-se numa escada com a sua G3SG1. Pouco depois soldados PRA começaram um contra-ataque. O atirador furtivo conseguiu sozinho eliminar 21 soldados PRA durante o ataque. Tal facto como o restante fogo dos outros elementos da equipa SEAL resultou numa retirada dos PRA.


Em Portugal

Portugal teve necessidade de adotar uma nova arma no inicio dos anos 60, por conta da guerra do Ultramar na África. No entanto as possibilidades não eram muitas. Os Estados Unidos mantinham um claro embargo a Portugal durante a era Kennedy. Portanto, a escolha tinha que recair sobre uma arma fornecida por um país que estivesse na disposição de transferir a tecnologia para a fabricação da arma em Portugal. A escolha foi pela arma alemã, que passou a ser fabricada em Portugal pela Fábrica de Braço de Prata.

Quando chegou a África, em comparação com as antigas armas ligeiras das forças armadas a G3 era vista como extremamente sofisticada. Tratava-se de uma arma automática, que podia disparar rapidamente uma considerável quantidade de munição.

Foi necessário bastante treino de forma que a tropa se habituasse a entender que a posição normal da arma deveria ser a posição tiro-a-tiro, porque do ponto de vista operacional, gastar rapidamente a munição no meio do mato, seria um problema.

Em 1965, já o numero de espingardas automáticas G3 tinha ultrapassado as 150.000 nas forças armadas, e mesmo assim, ainda existiam em funcionamento 15.000 espingardas automáticas FN, fornecidas de emergência pelo exército alemão, antes da introdução da G3.

A arma esteve presente nos vários cenários de guerra, em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Viu-se ainda a G3 ser utilizada em Timor-Leste pelas guerrilhas das Falintil. Até 2000, ainda algumas velhas G3 se encontravam operacionais naquele território.

A substituição da G3 nas forças armadas portuguesas aproxima-se a passos largos. A sua provável substituta será provavelmente a Heckler & Koch G36, que é vista internacionalmente como a substituta lógica da HK G3, embora outras possibilidades continuem em aberto. No Brasil mais especificamente no Rio de Janeiro nos morros e favelas dominadas por traficantes e milícias a operacionalidade,fácil manuseio e grande poder de fogo e destruição dos fuzis G3,uma arma muito confiável tal como o FN FAL de mesmo calibre ou o famigerado AK 47,os HK G3 viraram uma coqueluche no meio marginal,seja pelo alto poder de fogo do G3,e até mesmo o barulho dos disparos dessa arma que intimidam as forças policiais e possíveis inimigos numa tentativa de invadir os tais domínios de bandidos e traficantes de drogas.O HK G3 é também largamente utilizado por Polícias de elite do Rio de Janeiro como o BOPE da Polícia Militar e a CORE da Polícia Civil

5 comentários:

  1. sao armas todas ruins a que se salava a a da russia ak47 e só

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  2. ...depois de quase meio seculo de serviço, a G3 continua a ser uma arma excelente!
    A prova disso esta nos cenarios de guerra actual no medio oriente, onde os "brinquedos" de 5,56mm não se mostram eficazes pela falta de poder de incapacitação! Usando as palavras de um "Army ranger" em conversa com um Comamdo; E Voces tem mesmo uma arma de homens um tiro disso é melhor que um carregador de M4!"...

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  3. Sou militar do exercito Portugues e ja conheço a G3 ha mais de dez anos!
    ... tambem conheço a g36! Uma boa espingarda de assalto, sem duvida!
    mas se ha uma diferença significativa entre a g3 e a g36 é o seguinte; a g36 é muito boa para missões de paz e operações breves... a g3 é uma arma feita para uma guerra a serio, e ja provou isso! A g36 não!
    A AK 47 é um monte de sucata muito bom para quem não sabe atirar nem usar uma arma! Serve para as melicias e terroristas!

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  4. A g3 é um verdadeiro icone das nossas forças armadas!

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  5. Muito bom blog, os meus parabéns. Sobretudo este artigo sobre este Ícone do Ultramar Português. Obrigado

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